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INICIAL
Algumas de suas
frases:
"É
preciso convir que a mudança não é, por si mesma, um mal. Só
será um mal se ela se fizer por pior. A continuidade só é
desejada no bem, não no mal."
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"Se
o povo tem o direito de eleger livremente seus governantes, deve ter,
também, o direito de destituí-los. Uma cousa é a conseqüencia
natural da outra."
_________
"No
Brasil tivemos a monarquia, que se tornara parlamentarista em sua
última fase, seguindo nisso a evolução normal. Proclamada a
República, que fizeram os republicanos, contrariando as
advertências de uns poucos? Seguiram o modelo que tinham mais à
mão - o dos Estados Unidos - e impuseram ao País a república
presidencial quando natural fôra adotassem a Republica
parlamentar. Se dêste modo tivessem procedido, teria havido
evolução da monarquia para a república, e não teria havido
involução do parlamentarismo para o presidencialismo."
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Deputado Raul Pilla
Raul
Pilla uma das mais destacadas lideranças políticas do Rio Grande do
Sul, nasceu em
Porto Alegre no dia 20 de janeiro de 1982, filho de José Pilla e
de Jovina Zenani Pilla. Um dos maiores defensores do regime
parlamentarista para o Brasil, Doutor em Medicina, Bacharel em Ciências
e Letras, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, médico,
jornalista e professor universitário e deputado estadual, com a saúde
abalada por uma atrofia muscular e acometido de uma broncopneumonia
faleceu aos 81 anos de idade no dia 07 de junho de 1973, e junto com ele
também morreu u8m pouco da democracia do governo do povo pelo povo.
Carreira
Política: Com apenas 17 anos,
foi Secretário do Diretório Central do Partido Federalista em Porto
Alegre em 1909. Posteriormente, afirmaria que se aproximou do partido
influenciado pelas idéias de Apeles Porto Alegre, seu professor de história
no Ginásio Julio Castilho, adepto do parlamentarismo, uma das
principais bandeiras dos federalistas. Em 1922, quando o Partido
Republicano Rio-Grandense - PRR pretendia reeleger para o governo do Rio
Grande do Sul seu líder máximo, Antônio Augusto Borges de Medeiros
para um quinto mandato, Raul Pilla atuou intensamente no movimento
oposicionista a este domínio político apoiando Joaquim Francisco Assis
Brasil na sua candidatura pela Aliança Libertadora. Raul Pilla
participou também da Revolução Gaúcha de 1923 e juntamente com Assis
Brasil, no ano de 1928 foi um dos fundadores e Vice-Presidente do PL –
Partido Libertador, no Rio Grande do Sul. Participou ativamente da
Revolução de 30 no Rio Grande do Sul.
Depois
do vitorioso movimento revolucionário, Getúlio Vargas assumiu o poder
e designou alguns membros do PL para pontos na nova administração. Com
a nomeação do então presidente do PL, Assis Brasil, para o Ministério
da Agricultura, Raul Pilla assumiu a presidência do partido.
Embora
o movimento revolucionário houvesse modificado a situação política
que servira para aproximar os partidos gaúchos, o PL e o PRR
consideravam necessária a manutenção da FUG (Frente Única Gaúcha,
criada em 1929, com o objetivo de garantir a eleição de um gaúcho
para a presidência da República) no delicado momento por que passava o
país em 1929. Participou dos levantes ocorridos no Rio Grande do Sul em
apoio ao movimento constitucionalista eclodido em São Paulo no ano de
1932. Derrotado o movimento, de 1933 a 1934, Raul Pilla exilou-se na
Argentina e no Uruguai, após a anistia, elegeu-se Deputado Estadual
Constituinte na legenda do PL (1937-1937). Foi também Secretário de
Agricultura do Rio Grande do Sul na gestão de Flores da Cunha de 1936 a
1937. Durante o Estado Novo, ao qual se opôs, afastou-se das atividades
políticas (1937-1945). No contexto da redemocratização, integrou-se a
Comissão de Orientação Política encarregada de elaborar os estatutos
da UDN (União Democrática Nacional), tendo no entanto, abandonado o
partido para tornar-se Presidente do PL – Partido Libertador em 1945.
“O
Papa do parlamentarismo no Brasil”, assim foi chamado Raul Pilla, que
lutou sempre para realizar seu velho sonho, a instituição do Regime
Parlamentar no Brasil e ao lado das teses e concursos deixou várias
obras como: Catecismo Parlamentarista (1949), Votos e
Pareceres, onde incluiu nelas seu notável estudo sobre a Língua
Portuguesa, o Sistema Parlamentar na Constituição do Império,
Presidencialismo ou Parlamentarismo (1958 – em colaboração com
Afonso Arinos), O Professor e a Medicina (1961), Despedindo-se
da Velha Faculdade (1961) e a Revolução Julgada à Crise
Institucional, reunindo seus últimos discursos
parlamentares, Raul Pilla médico, jornalista e professor, foi
essencialmente um político apóstolo da parlamentarista.
Carreira
Profissional: Raul Pilla se
formou médico pela Faculdade de Medicina de Porto Alegre, RS em 1915.
Na mesma faculdade foi professor interino de Patologia 1917 e ainda
livre-docente de Fisiologia em 1926. Durante o Estado Novo, após um período
de intensa atividade política, retornou as atividades docentes na
Faculdade de Medicina de
Porto Alegre (1937-1945).
Exerceu
o jornalismo no seu Rio Grande do Sul e foi colaborador de diversos periódicos
no Estado.
Durante
o funcionamento da Constituinte de 1946, manteve colunas políticas
regulares em O Globo, no Rio de Janeiro, no Diário de
Noticias (do qual foi um dos fundadores, em 1925) e no Correio do
Povo, de Porto Alegre. Além disso, publicou: O som no tratamento
da surdez (tese de doutorado, 1916); Da correlação de funções
(1925); Funções da linguagem (1926); Concepção filosófica
da Medicina (1938); e Linguagem médica (1942).
Bibliografia
(Fontes):
*
Braga, Sérgio Soares. Quem foi quem na Assembléia
Constituinte de 1946. Brasilia, Camara dos Deputados, 1998. *
FGV, Dicionário Histórico - Biografico Brasileiro
1930-1983. Rio de Janeiro, Forense Universitária, 1984. *
Raul Pilla, Catecismo Parlamentarista - Assembléia
Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, 1949. *
Acervo da Escola, 1992.
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